sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Preço da cerveja no Brasil cai 0,37%

Os preços da cerveja caíram 0,37%, em média, em janeiro, segundo dados compilados pelo blog A VOLTA AO MUNDO EM 700 CERVEJAS a partir da pesquisa de inflação divulgada hoje (10/2) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Boa notícia? Quase isso.

Antes que vocês comecem a reclamar dizendo que isso é loucura, melhor destrinchar a numeralha do IBGE relativa ao mercado do nosso coração – que passaremos a acompanhar mensalmente aqui, em uma iniciativa pioneira nos blogs cervejeiros brasileiros.


Nossos queridos leitores podem achar chato no começo, mas acreditem: é importante. Com o tempo, esperamos, vai ficar mais indolor e vocês vão até gostar de saber dessas coisas. Se não, é só pedir que a gente para de fazer.

Como toda média – não dizem que a estatística é a prostituta da matemática? – ela é enganosa. Das onze regiões pesquisadas pelo IBGE para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), na verdade, a cerveja aumentou em oito.

Vamos conferir:

Goiânia (GO) --> 1,41%
Brasília (DF) --> 0,35%
Belém (PA) --> 0,16%
Fortaleza (CE) --> 0,04%
Recife (PE) --> 4,42%
Rio de Janeiro (RJ) --> 1,24%
Curitiba (PR) --> 2,62%
Porto Alegre (RS) --> 0,15%

Como podemos ver, os maiores aumentos rolaram, pela ordem, em Recife, Curitiba, Goiânia e Rio de Janeiro.

A essa altura, você pode se perguntar: "Mas se aumentou em quase tudo quanto é lugar, como diabos dá pra dizer que caiu?" É só prestar atenção em onde os preços caíram de fato:

Salvador (BA) --> -2,60
Belo Horizonte (MG) --> -1,45
São Paulo (SP) --> -1,60

Tudo se resume numa palavrinha simples: PESO. Cada região tem um peso diferente, de acordo com as características da sua economia. E, pela ordem, o topo da escadinha é assim, do maior peso pro menor: São Paulo, Belo Horizonte, Salvador e Rio de Janeiro. São Paulo tem gente a beça, que bebe cerveja a beça, então, o que rola lá tem que ter, digamos, tratamento especial.

Como também podemos ver, das quatro áreas com maior peso, três tiveram queda - apesar de não terem sido graaandes quedas - foram suficientes pra puxar a média pra baixo. E pronto, está feita a mágica da estatística. O resto, infelizmente, é resto.

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