quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Opções que cabem no bolso #1

As cervejas que compõe o objetivo maior do blog normalmente são de valores um pouco - ou muito - mais elevados que as comuns do mercado. Isso pode fazer com que iniciantes no mundo cervejeiro - como eu - fiquem um pouco desencorajados de seguir em frente. Por essa e outras razões, meus goles iniciais vão virar série a partir de agora.



Numa sexta-feira, depois do expediente, fui ao supermercado comprar alguns acervejados para passar o fim de semana. E, como eu já estava tomado pela ideia de cervejas especiais, não perdi tempo quando vi uma prateleira cheia delas e comecei a ler os rótulos, Contabilizei algumas, pedi umas dicas ao amigo Beck, e comecei a comprar. Acabei levando cerca de 20 rótulos de cervejas nacionais e importadas.

A fanfarronice me custou um pouco caro, e claro que no meio dessas tantas, veio muita coisa que não valia nem uma "paçoquinha". Depois disso, comecei a frequentar os supermercados atrás de cervejas diferentes. É por isso que vou escrever sobre minhas experiências e dar dicas para quem está começando não cometer alguns erros.

Tem muita coisa boa por preços bem acessíveis, que irão ajudar aos interessados a iniciar no mundo das cervejas artesanais/especiais. É essa experiencia que eu vou compartilhar a partir de agora.

Nada melhor do que começar falando sobre as cervejas de trigo, que são tão populares quanto as pilsners e podem ser encontradas em vários supermercados, por exemplo: Zona Sul, Pão de Açúcar, Carrefour e Sam's Club. A faixa de preço delas varia de R$ 6 a R$ 13, normalmente garrafas de 500 ml que cabem certinho no seu copo especial (weizen), copo longo de meio afinado, que já usei muito pra tirar onda bebendo pilsner.

Esse tipo de cerveja me agradou bastante, e acho que deve agradar a maioria (mamãe curtiu). É diferente da água de milho que estava acostumado a beber. O liquido é claro, mas é bem turvo. Parece pesado e denso, cria bastante espuma. Tem um aroma suave, adocicado que sempre remete a banana, dá para sentir cravo, e às vezes algo cítrico. O sabor normalmente acompanha o aroma, São cervejas bem refrescantes.

Segundo o guia de estilos do Beer Judge, uma boa referência para quem quer entender mais sobre as diferenças de estilos, eu estou certo nas minhas percepções. Além do comentado, podem possuir também algum aroma de baunilha e - pasmem - CHICLETE! Por não serem filtradas, as leveduras ficam flutuando ajudando na coloração turva, e faz com que o líquido fique mais denso na boca. O sabor como eu disse acompanha o aroma, o amargor de lúpulo é fraco (o que é ótimo para quem está começando) e a textura do trigo dá uma sensação de maciez e cremosidade.

Apesar de serem um pouco mais caras do que estamos acostumados a pagar, as três sugestões que darei hoje estão em uma média de preço que considero ainda razoável.

A ideia é realmente a experiência, o degustar. Nem pensar em encher a cara com esse tipo de cerveja. Além de pesar no bolso, faz mais estrago do que as águas sujas vendidas por ai. Eu já sai da onda de beber até não aguentar mais, mais vale pagar 20 pratas numa BOA cerveja do que beber 20 "BOAs".


A primeira que experimentei foi a Edelweiss, austríaca. Aromas e sabores eram típicos, banana e cravo com alguma coisa de cítrico. Coloração amarela escura, turva e de creme denso. Sabor final prevaleceu o cravo. Achei essa bem equilibrada, mas com tudo mais pronunciado que o normal.


A alemã Franziskaner já está no mercado brasileiro a algum tempo e está nas primeiras da lista dos iniciantes. Marcante por ser mais adocicada.


A Erdinger é a weissbier mais conhecida e vendida no mundo. As características clássicas do estilo estavam presentes, porém menos pronunciadas do que as outras. Ótima cerveja, fácil de beber e refrescante, boa pedida para começar uma noite de sexta-feira.

Essas três são ótimas representantes do estilo, com o preço para agradar quem está começando: R$ 6,99, R$ 4,99 e R$ 11,50 respectivamente.

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